Relatório da Justiça Federal aponta que as condenações da Operação Lava-Jato somam 680 anos, 8 meses e 25 dias. Até esta segunda-feira, 7, o juiz Sérgio Moro, que conduz as ações na primeira instância, havia absolvido 14 investigados e condenado 57. Entre os condenados estão os maiores empreiteiros do País, ex-diretores da Petrobras e políticos. O magistrado proferiu 14 sentenças.
A segunda maior condenação foi imposta ao ex-deputado Pedro Corrêa (ex-PP-PE)- condenado no Mensalão e na Lava-Jato -, 20 anos, 7 meses e 10 dias -, por corrupção e lavagem de dinheiro. Pelos mesmos crimes, Sérgio Moro impôs ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, apontado pelos investigadores como intermediador de propina ao PT, foi imposta uma pena de 15 anos e 4 meses.
O doleiro Alberto Youssef, um dos delatores do esquema de corrupção instalado na Petrobras entre 2004 e 2015, foi quem recebeu o maior número de condenações da Lava-Jato. Ao todo, foram 6. Personagem central da operação, Alberto Youssef está preso na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. O doleiro esteve presente em 11 sentenças proferidas por Sérgio Moro. Alberto Youssef foi absolvido em três ações.
Dados do Ministério Público Federal, atualizados em 12 de novembro de 2015, apontam que os crimes já denunciados na Lava-Jato envolveram o pagamento de R$ 6,4 bilhões em propina. Deste total, R$ 1,8 bilhão foi recuperado via acordo de colaboração premiada, segundo a Procuradoria da República, no Paraná.
A primeira delação fechada na Lava-Jato foi a do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. O engenheiro assumiu o cargo na estatal em 2004, por indicação do PP. Ele revelou que outros partidos, como o PT e o PMDB, assumiram o controle de outras áreas da Petrobras. Costa citou deputados, senadores, governadores e ex-parlamentares supostamente beneficiários da corrupção que se instalou na estatal petrolífera.
O ex-diretor já foi condenado em quatro processos. Em outubro, ele passou do regime de prisão domiciliar para o semiaberto, sob monitoramento de tornozeleira eletrônica e com obrigação de dormir em casa.
Foram condenados também outros delatores: o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró - em dois processos - 5 anos e 12 anos, 3 meses e 10 dias -, o lobista Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, (delator do presidente da Câmara, Eduardo Cunha) - 16 anos, 1 mês e 10 dias -, o ex-gerente Pedro Barusco, o lobista Mário Góes e os executivos Julio Camargo e Augusto Mendonça.
Os condenados na Lava-Jato são:
Adir Assad
Agenor Franklin Magalhães Medeiros
Alberto Elisio Vilaca Gomes
Alberto Youssef
André Catão de Miranda
André Luiz Vargas Ilario
Antônio Carlos Brasil Fioravante Pieruccini
Augusto Ribeiro de Mendonça Neto
Carlos Alberto Pereira da Costa
Carlos Habib Chater
Cleverson Coelho de Oliveira
Dalton dos Santos Avancini
Dario de Queiroz Galvão Filho
Dario Teixeira Alves Júnior
Ediel Viana da Silva
Eduardo Hermelino Leite
Enivaldo Quadrado
Erton Medeiros Fonseca
Esdra de Arantes Ferreira
Faiçal Mohamed Nacirdine
Fernando Antônio Falcão Soares
Fernando Augusto Stremel Andrade
Iara Galdino da Silva
Ivan Veron Gomes Torres Júnior
Jayme Alves de Oliveira Filho
Jean Alberto Luscher Castro
João Luiz Correia Argolo dos Santos
João Procópio Junqueira Pacheco de Almeida Prado
João Ricardo Auler
João Vaccari Neto
José Aldemário Pinheiro Filho
José Ricardo Nogueira Breghirolli
Juliana Cordeiro de Moura
Julio Gerin de Almeida Camargo
Leandro Meirelles
Leon Denis Vargas Ilario
Leonardo Meirelles
Luccas Pace Júnior
Marcio Andrade Bonilho
Maria Dirce Penasso
Mario Frederico Mendonça Goes
Matheus Coutinho de Sá Oliveira
Nelma Mitsue Penasso Kodama
Nestor Cunat Cerveró
Paulo Roberto Costa
Pedro Argese Júnior
Pedro da Silva Correa de Oliveira Andrade Neto
Pedro José Barusco Filho
Rafael Ângulo Lopes
Renato de Souza Duque
Renê Luiz Pereira
Ricardo Hoffmann
Rinaldo Gonçalves de Carvalho
Rogério Cunha de Oliveira
Sérgio Cunha Mendes
Sonia Mariza Branco
Waldomiro Oliveira