O peemedebista Eliseu Padilha entregou nesta segunda-feira, 7, ao governo sua carta de demissão. O documento foi protocolado às 16h06 na Casa Civil e recebido pelo ministro Jaques Wagner. Após receber a carta, Jaques seguiu para reunião com a presidente Dilma Rousseff, durante a qual a informou da decisão.
A reunião da presidente, que acontece nesta tarde, no Palácio do Planalto, entretanto, é com o grupo interministerial que cuida do programa de combate ao zika vírus e seria preparatória para o encontro de governadores, amanhã, em Brasília.
Padilha deixou o Planalto e seguiu para a sede do PMDB, onde deve conceder uma entrevista coletiva. Na saída, segundo interlocutores da presidente, o agora ex-ministro estava sorridente e afirmou que continuará a ajudar o governo da presidente Dilma.
A saída de Padilha, considerado um dos nomes mais próximos ao vice-presidente Michel Temer, tem sido interpretada no Planalto como um sinal de enfraquecimento na aliança PT/PMDB. Além disso, reforça a tese de que Temer estaria se distanciando da presidente.
Assim que foi deflagrado o processo de impeachment, na última quarta-feira, a presidente teve apenas um rápido encontro com o vice. Auxiliares da presidente dizem reservadamente que a postura de Temer passa a imagem de que ele está conspirando para chegar ao poder.
Mais cedo, a presidente Dilma Rousseff tentou minimizar o distanciamento entre ela e seu vice, Michel Temer. Dilma disse que sempre confiou no peemedebista e que ainda não havia sido informada sobre o pedido de demissão do ministro Eliseu Padilha.