Líderes do DEM, PSDB e Solidariedade na Câmara confirmaram nesta segunda-feira, 7, que só indicarão membros para a chapa "avulsa" da comissão especial do impeachment da presidente Dilma Rousseff articulada por deputados da ala do PMDB insatisfeita com o perfil "moderado" das nomeações do líder do partido, Leonardo Picciani (RJ). A novidade provocou o adiamento da eleição do colegiados para esta terça-feira, 08.
Os articuladores estão em busca de novos partidos, para completar 33 nomes, número mínimo de candidatos exigido para que uma chapa seja considerada válida. Os oito partidos já anunciados só têm direito a indicar 26 deputados. "Se uma das chapas ganhar, aí tem que ter uma eleição suplementar para complementar o resto dos membros que estão faltando", explicou Paulinho. Segundo o Regimento Interno, a comissão deve ser formada por 65 deputados.
"Chapa branca não dá", comentou o líder do DEM, Mendonça Filho (PE), ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, confirmando que o DEM só deverá indicar membros para a chapa avulsa. O líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), também confirmou à reportagem que seu partido só indicará membros para a chapa paralela.
Comitê Nacional do Impeachment
Paulinho ressaltou ainda que o grupo pró-impeachment criará o Comitê Nacional do Impeachment. O grupo será formado por deputados, entidades e membros da sociedade civil. Uma das ações, ressaltou, será colocar carros de som em frente à residência de deputados que são contra o afastamento, para pressioná-los a apoiar o impeachment.