O ex-ministro da Secretaria de Aviação Civil Eliseu Padilha (PMDB-RS) afirmou nesta segunda-feira, 7, ter razões pessoais, partidárias e funcionais para justificar sua saída do governo da presidente Dilma Rousseff. Em entrevista coletiva na sede da Presidência do PMDB, no Congresso, ele disse ter entregado a carta de demissão em 1º de dezembro, um dia antes de o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ter admitido a abertura de um processo de impeachment contra Dilma.
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Renan diz a aliados que deixará de votar LDO para acelerar impeachmentLíderes do governo, PMDB e PCdoB criticam adiamento de indicações sobre impeachmentRebeldes do PMDB articulam criação de chapa paralela para comissão do impeachmentApenas seis partidos cumpriram todas as regras de exibição da propaganda partidária em Minas Padilha diz que conspiração não cabe em seu vocabulário e nem no de TemerNa questão pessoal, o ex-ministro disse que gostaria de retomar sua atividade particular, por ser advogado e empresário. Padilha destacou ainda, em relação às dificuldades funcionais, não ter conseguido cumprir tarefas como ministro. Segundo ele, a "realidade orçamentária" não permitiu o uso de recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac), que tem sido contingenciado para ajudar o governo a cumprir a meta fiscal.
"Assumi compromissos que, por força das circunstância, não foram cumpridos", admitiu. Ele disse que estava difícil continuar a dar explicações, como no caso do plano de construção de aeroportos regionais, medida que ainda não saiu do papel. "Se há um culpado por isso fui eu que me empolguei", completou.
O ex-ministro disse que o episódio envolvendo a retirada pelo governo da indicação do economista Juliano Alcântara Noman, atual secretário de Navegação Aéreo Civil da SAC e que já foi o número dois de Padilha, para ocupar a diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) o fez decidir pela saída do governo.