Após entregar o cargo, o ex-ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Eliseu Padilha (PMDB-RS) negou nesta segunda, 7, fazer parte de uma conspiração ao lado do vice-presidente da República e presidente do PMDB, Michel Temer. Ele rebateu boatos que o colocam como um dos líderes de um "golpe" na presidente Dilma Rousseff pelas vias do processo de impeachment.
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Padilha relata razões pessoais, partidárias e funcionais para justificar saídaEliseu Padilha se reúne com Jaques Wagner para comunicar saída do cargo nesta segundaMinistro Eliseu Padilha entrega carta de demissão ao governoPadilha: Temer ainda está verificando posicionamento do PMDB sobre impeachmentAlexandre Padilha ia ficar com uma parte do laboratório da Lava-Jato, diz delatorTemer autorizou mesma manobra usada por Dilma e citada em pedido de impeachmentMichel Temer se reúne com advogado-geral da UniãoDilma quer enquadrar o vice Michel TemerPadilha disse ainda que Dilma não está sendo abandonada pelo PMDB, mas afirmou que não poderia atender ao pedido da presidente - feito no Palácio do Planalto antes da coletiva - para continuar no cargo. "Interpreto a manifestação de Dilma como um reforço para que eu revisasse a minha posição", limitou-se a avaliar.
O peemedebista descartou articular dentro do partido pela aprovação do impeachment pelo Parlamento. "Não vou me apresentar como articulador do impeachment no PMDB", garantiu. "O PMDB está literalmente dividido em relação ao impeachment. O presidente Michel Temer sempre soube lidar com divisões e temos que ver quais são os segmentos majoritários do partido", alegou.
O agora ex-ministro lembrou que o partido não é apenas a Câmara dos Deputados e o Senado, mas também os 27 diretórios estaduais.
Padilha evitou comentar a hipótese de o PMDB deixar o governo - entregando todos os cargos - antes da próxima convenção nacional do partido, marcada para março de 2016. "Se o partido tomar essa posição, terá que ser na convenção nacional", concluiu..