São Paulo - A defesa do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque conseguiu levar para 2016 o julgamento da ação penal contra seu cliente sobre pagamento de propina envolvendo a construtora Odebrecht. O processo voltou a tramitar nesta segunda-feira, 7, após ser suspenso para que a estatal providenciasse a entrega de mais de 30 mil comprovantes bancários referentes aos pagamentos que teriam envolvido propina para o ex-diretor, indicado pelo PT no esquema de cartel e corrupção alvo da Operação Lava-Jato.
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A Petrobras juntou na semana passada parte dos documentos e informou o juízo "a dificuldade, de custo e tempo, para cumprir o determinado por envolvendo requisição a nove instituições financeiras diferentes cerca de 30.062 comprovantes bancários". No dia 2 de novembro, Moro havia considerado o pedido como tática de protelação da ação. "Não se trata de prova cuja necessidade surgiu no decorrer da instrução", afirmou o juiz.
Na tarde desta terça-feira, 8, a Petrobras anexou os comprovantes entregues pelos bancos que ainda não haviam fornecido dados e o prazo para que as partes se manifestassem sobre o material foi aberto.
Com a medida, o julgamento do caso e a sentença do juiz sairá no início de 2016. Duque está preso desde março deste ano e o presidente da Odebrecht, Marcelo Bahia Odebrecht, desde junho. .