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Estado de Minas

Grupo do PMDB protocola pedido para tirar Picciani da liderança do partido

No lugar de Leonardo Picciani, os peemedebistas pró-impeachment querem colocar o mineiro Leonardo Quintão


postado em 09/12/2015 11:59 / atualizado em 09/12/2015 12:07

Peemedebistas que já se declararam contrários ao governo deram nesta quarta-feira o primeiro passo para tentar substituir o deputado Leonardo Picciani (RJ) da liderança do PMDB na Câmara, e que é aliado do Palácio do Planalto. Com 35 assinaturas, o grupo de parlamentares protocolou o pedido na Mesa Diretora para que o deputado federal Leonardo Quintão (MG) assuma a vaga. Quintão já era o mais cotado pela ala insatisfeita do PMDB.

O grupo reuniu o apoio formal de metade mais um dos deputados que compõem a bancada – hoje com 66 parlamentares. O estopim para a mudança foi a lista de nomes do PMDB que Picciani apresentou para compor a comissão especial que vai analisar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. As vagas são disputadas por integrantes do partido aliados do governo e nomes ligados ao presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que desde o fim do primeiro semestre anunciou rompimento pessoal com o Palácio do Planalto.

Insatisfeitos com as indicações, uma ala da legenda chegou a acusar Picciani de descumprir um compromisso firmado com a bancada, que previa que metade dos nomes (quatro) fossem escolhidos entre parlamentares favoráveis ao processo e a outra metade entre mais aliados ao governo. De acordo com o grupo, Picciani “atropelou” a bancada e fechou uma lista que foi construída com o Planalto.

Nessa terça-feira (8), parte do PMDB se uniu, publicamente, à oposição na composição de uma chapa alternativa, que acabou vencendo a tumultuada eleição para compor a comissão. Em plenário, a chapa 2, intitulada Unindo o Brasil, venceu por 272 votos contra 199.

O PCdoB recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a eleição, que resultou na vitória da chapa formada pela oposição e dissidentes da base governista. O ministro do tribunal Edson Fachin concedeu liminar para suspender o processo de impeachment na Câmara. O partido também questionou a votação que foi secreta alegando que a Câmara está descumprindo regras previstas na Constituição. Segundo o PCdoB, a composição do colegiado especial teria que ser feita por indicação de líderes e escolhida por voto aberto.


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