O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin de suspender o debate do impeachment da presidente Dilma Rousseff que estava tramitando no Congresso até a próxima semana atrasa o processo na Câmara e acha pouco provável que "tenha qualquer prosseguimento". Para ele, a Corte deverá se manifestar sobre um ponto específico e a Câmara ficará paralisada à espera de uma decisão.
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Cunha recorre ao STF para se manter na presidência da CâmaraDeputado Marcos Rogério será o novo relator de representação contra CunhaCúpula do Conselho de Ética prepara ação para afastar Cunha da presidênciaPedido de processo de impeachment foi acatado por vingança de Cunha, diz LulaO presidente da Casa não se mostrou confiante com a intenção de Fachin de definir um rito para o processo, como o ministro informou hoje. Na avaliação de Cunha, isto não garante que não haverá divergências e disputas até o fim. Com relação à votação secreta para a formação da comissão especial que apreciará o impeachment ontem na Câmara, Cunha disse estar convencido que adotou todas as questões regimentais.
Quintão
Cunha avaliou ainda que a decisão de substituir o líder do PMDB na Casa, Leonardo Picciani (RJ), por Leonardo Quintão (MG), teve o objetivo de resolver um problema interno do partido. Cunha apoiou a escolha do mineiro. "Eu resolvi apoiar por uma questão política, porque eu entendi que a bancada não estava sendo representada e as indicações causaram racha na bancada que levou à formação da chapa alternativa e isso estava dilacerando o partido", afirmou.
O presidente da Câmara evitou criticar o ex-líder da legenda e aliado do Palácio do Planalto. "Sem qualquer crítica ao líder anterior é uma questão política da bancada", disse.
O deputado rebateu também as acusações contra ele após a destituição do relator Fausto Pinato (PRB-SP) do processo disciplinar no Conselho de Ética.
Cunha evitou falar sobre a decisão, mas se mostrou confiante nos procedimentos que foram seguidos. Para ele, o presidente do conselho resolveu seguir regimento próprio. "Da mesma forma que eu sou obrigado a cumprir, ele é obrigado a cumprir o regimento", disse..