O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), disse nesta sexta-feira, em entrevista a Rádio Itatiaia, que está esperançoso em relação a 2016, apesar de este ano o país estar enfrentando, conforme avaliou, "uma recessão terrível". Ele destacou que a arrecadação do estado sofreu em 2015 uma queda estimada de 10% e que o Executivo atingiu o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), se levar em conta a folha de pagamento. "20016 vai ser diferente? Quero crer que sim", disse o governador.

O otimismo de Pimentel se explica no balanço que fez deste ano. Para Pimentel, apesar de 2015 ter sido um ano difícil - com previsões sombrias quando assumiu o mandato em janeiro passado-, o governo estadual consegiu superar dificuldades de caixa . De acordo com o governador, "muita gente" vaticinava que ele não conseguiria terminar 2015 com a folha de pagamento dos ervidores em dia. "E nós conseguimos", rebateu.

Pimentel também lembrou que o estado foi capaz de retomar algumas obras - listando três hospitais regionais (em Governador Valadares, Ipatinga e Teófilo Otoni)-, e o pagamento, ainda que escalonado-, do piso nacional para os professores. "Aquilo que é possível, a gente pode, deve e vai fazer", afirmou o governador ao se referir às perspectivas para 2016.

Dilma

Parceiro de militância da presidente Dilma Rousseff contra a ditaura militar (1964/1985) - ambos

foram presos e torturados durante os anos de chumbo-, Pimentel também comentou a crise que permeia o governo de Dilma. "Espero que nesse episódio infeliz de impeachment, que nada tem de democrático, ao contrário, que ela suspere", disse o governador.

Segundo Pimentel, adversários de Dilma podem até não gostar dela. No entanto, afirmou o governador, não podem acusar a presidente de ter cometido desonestidade no exetrcício do cargo. "Sem medo de errar, eu não conheço pessoa mais correta, mais isenta e mais honesta", afirmou o governador ao responder a uma pergunta sobre a honestidade da presidente..