Pela sexta-vez consecutiva, deputados aliados e adversário do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), voltam a se enfrentar no Conselho de Ética que analisa a admissibilidade do processo que pode cassar o mandato de Cunha por quebra de decoro parlamentar. Cunha é suspeito de mentir à CPI da Petrobras ao negar possuir contas bancárias no exterior. O Ministério Público da Suíça desmetiu, no entanto, a declaração do presidente da Câmara.
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O início da sessão já foi marcado por discussão da tropa de choque de Cunha com o presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PSD-BA). O deputado João Carlos Bacelar (PR-BA), suplente do colegiado, questionou a demora da abertura do painel para marcação de presença e cobrou uma atitude de Araújo.
O presidente explicou que a Mesa Diretora é responsável pela administração do painel, disse que o deputado deveria cobrar do presidente da Casa, "que é quem manda, que pode tudo" e ironizou o nervosismo dos aliados de Cunha. "Enquanto vocês não me afastarem, e o que eu estou vendo é que querem me afastar também, estou aguardando chegar o meu dia, do meu afastamento. Porque aqui pode de tudo", respondeu.
O mesmo Wellington Roberto se indignou com a resposta.
Com Agência Estado.