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Estado de Minas

Oposição a Cunha no Conselho ainda não tem votos suficientes para afastamento


postado em 10/12/2015 12:31 / atualizado em 10/12/2015 12:55

Brasília - Parlamentares de oposição ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), avaliam não colocar em votação nesta quinta-feira o projeto de resolução que pede o afastamento cautelar do peemedebista da função. Em minoria na durante a manhã no Conselho de Ética, eles calcularam que não há votos suficientes neste momento para aprovar a medida. A sessão do colegiado continua, mas sem perspectiva de o assunto entrar em debate.

Deputados que geralmente votam com os oposicionistas, como o novo relator Marcos Rogério (PDT-RO) e Paulo Azi (DEM-BA), que estão presentes na sessão, teriam dito que não ajudarão a aprovar a medida. "Não vamos votar para perder", justificou um titular da oposição.

O presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PSD-BA) anunciou que a leitura e votação do novo parecer do relator Marcos Rogério (PDT-RO) acontecerá na terça-feira, 15, pela manhã.

Blocos


Questionado pelo deputado Zé Geraldo (PT-PA) sobre a formação dos blocos no Conselho de Ética, Araújo disse que sua assessoria consultou a Secretaria-Geral da Mesa se no sorteio do relator do caso Cunha deveria se basear na divisão atual dos blocos ou na antiga. Por telefone, ele foi informado que valia o novo bloco, onde o partido de Fausto Pinato (PRB-SP) - relator destituído - não figurava mais como parte do bloco liderado pelo PMDB.

"Foi um erro grave, aconteceu. Temos que pagar por ele", disse Araújo, lamentando que não tenha recebido a resposta por escrito.

Foi com base na antiga formação dos blocos que o vice-presidente da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), acolheu o pedido para retirar Pinato da função. A defesa de Cunha alegou que, por pertencer ao mesmo bloco do PMDB, Pinato não poderia relatar o processo.

Diante da revelação de Araújo, o líder da Rede, Alessandro Molon (RJ), disse que incluirá a informação no pedido de afastamento do peemedebista que será protocolado na Procuradoria-Geral da República.


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