Prestes a completar seu primeiro ano no comando da Câmara dos Deputados, o presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) nunca mediu esforços para fazer valer sua vontade na Casa, mesmo que isso signifique pedaladas regimentais, manobras políticas e até o uso da estrutura do Legislativo em favor próprio. Grande conhecedor do regimento interno e pautado, segundo os adversários, pelo autoritarismo na condução dos trabalhos, o peemedebista tem usado o cargo para atrasar o andamento do processo que tramita contra ele no Conselho de Ética, ao mesmo tempo que trabalha para fritar a presidente Dilma Rousseff (PT), fazendo com que a instauração de um processo para afastá-la do cargo fique cada vez mais próximo.
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Admissibilidade do processo de Cunha caminha para ser votada só em 2016Novo relator de processo contra Eduardo Cunha diz não temer ameaçasNovo relator do Conselho de Ética diz que só apresenta parecer sobre Cunha na 3ªCunha tenta de novo manobrar para adiar votação de processo contra ele Governo admite dificuldade para anular ato de Cunha no STF Renan Calheiros parte para queda de braço com Cunha na batalha do impeachmentMesmo quando sofreu alguma derrota, Cunha deu o troco imediato. Foi assim quando os três deputados do PT no Conselho de Ética anunciaram que iriam votar pelo prosseguimento do processo por quebra de decoro contra ele. Cunha é acusado de mentir à CPI da Petrobras quando disse que não tinha contas no exterior – depois disso vieram à tona as contas do peemedebista na Suíça. Poucas horas depois da investida dos petistas, o presidente da Câmara anunciou que havia aceitado o pedido de impeachment contra Dilma.
Eduardo Cunha também manobrou para aprovar a chapa oposicionista para compor a comissão especial que decidirá pela instauração ou não do processo contra Dilma.
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