São Paulo- O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirmou nesta sexta-feira que a Corte está consciente de que o País vive um momento delicado e disse não acreditar que haverá pedidos de vistas na próxima quarta-feira, 16, quando o plenário do Supremo deverá decidir sobre o rito do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Na noite desta terça-feira, 8, o ministro do STF Luiz Edson Fachin decidiu suspender a formação e a instalação da comissão especial que irá analisar o processo de impeachment de Dilma, determinando que os trabalhos fiquem suspensos até o plenário do Supremo analisar o caso. "Todos percebem a necessidade de encaminhar essa questão."
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Impeachment é remédio excepcional, mas constitucional, diz Gilmar MendesDeputados do PT desistem de recurso no STF após Gilmar Mendes se tornar relatorMendes diz que dinheiro desviado da Petrobras pode abastecer eleições em 2016Supremo pode decidir sobre processo de impeachment já na quarta-feiraIndagado sobre o pedido de impeachment contra o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), pelas mesmas razões do pedido em discussão na Câmara contra a presidente Dilma Rousseff (PT), em razão das pedaladas fiscais cometidas em sua gestão, o ministro Gilmar Mendes disse que este é um tema que já sob análise do parlamento. "Essa é uma questão política e cabe às duas casas do Congresso - Câmara e Senado - decidirem."
Gilmar Mendes não quis tecer comentário sobre a hipótese de Michel Temer vir a assumir a presidência da República, dizendo que não fala com base em "se". Contudo, disse que conhece Temer há mais de 30 anos e ele sempre traz propostas boas sobre vários aspectos. "Não vou omitir esse juízo dessa forma, acredito que Michel Temer é um grande nome para as funções que exerce e certamente seria um bom presidente da República, é um dos homens mais qualificados que nós temos.".