Em São Paulo, os manifestantes se espalharam ao longo de vários quarteirões da Avenida Paulista e um dos destaques foi uma réplica da Refinaria Abreu e Lima, que desfilou com o nome "Abreu e Lula".
A réplica foi ideia do artista plástico João Monteiro, que mora em São Paulo. Ele disse que montou o trabalho em três dias. "Fiz esta réplica da refinaria para representar o petrolão e o maior escândalo de corrupção da história do nosso planeta", afirmou Monteiro, que se declarou ser contra o governo do PT.
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Em Belo Horizonte, homem é detido em manifestação ao tentar furar o boneco PixulecoAto pelo impeachment realizado neste domingo é menor do que em manifestações anterioresCerca de 5 mil pessoas ocuparam a Praça da Liberdade para pedir o impeachment da presidente DilmaManifestação na Avenida Paulista, em São PauloDurante a manifestação, além de palavras de ordem, houve menção ao recolhimento de projeto de combate a corrupção do Ministério Público Federal. O líder do movimento Vem pra rua, Rogério Chequer, que calculou um público de 100 mil pessoas no ato (inferior a manifestações anteriores), disse que considera positivo o resultado do protesto, devido ao pouco tempo de mobilização e também à participação de juristas explicando o que é o impeachment.
"Embora o movimento deste domingo tenha público inferior, o ato foi um sucesso, principalmente levando-se em conta a participação de juristas que explicaram que o impeachment não é um golpe", disse Chequer. "Conseguimos trazer juristas e advogados para o caminhão (de som) e mostramos que impeachment não é golpe e está totalmente amparado nas leis.
O ato da Paulista contou com a participação dos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reali Júnior. O próximo passo, segundo Chequer, é pedir à população que exija dos congressistas uma posição a favor do povo ou do governo.
Segundo a Polícia Militar de São Paulo, participaram 30 mil pessoas do ato na capital e outras 6,5 mil em cidades do interior paulista.