A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) anunciou nesta segunda-feira, o apoio formal ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff que tramita na Câmara dos Deputados. A medida, que é inédita na história da entidade, foi aprovada por unanimidade depois de uma reunião conjunta entre o conselho de representantes, a diretoria da Federação e a cúpula do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP).
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De acordo com o levantamento, o impedimento é defendido por 91% dos empresários. Apenas 5,9% se disse contra e 3,1% não respondeu ao questionamento. A pesquisa também aferiu que 85,4% das empresas apoiam a medida, enquanto 4,9% a rechaçam e 9,7% não se posicionou. Em outro item, 91,9% dos empresários defenderam que a Fiesp se posicione a respeito do processo de impedimento.
Segundo a entidade, o questionário foi preenchido pelo proprietário, presidente, diretor "ou uma pessoa da empresa que tenha uma percepção mais ampla dos seus negócios".
Ao todo, foram enviados 8.395 questionários para empresas de vários portes. "A pesquisa demonstra o apoio maciço da base da indústria em defesa do andamento do processo de impeachment", disse Skaf. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo publicada no domingo, 13, o presidente da entidade, Paulo Skaf, que também é um dos dirigentes do PMDB em São Paulo, afirmou que "o empresariado vê com bons olhos" o impeachment e defendeu a mudança de governo.
Skaf participou das manifestações contra a presidente Dilma neste domingo, 13, pela primeira vez e instalou na Avenida Paulista, em frente à entidade, um pato amarelo gigante que simboliza a campanha da Fiesp contra a recriação da CPMF.
"Essa talvez tenha sido a decisão mais importante na história das nossas entidades. Não há um precedente igual", afirmou Skaf. Em 29 de setembro de 1992, o presidente recém-eleito da Federação, Carlos Eduardo Moreira Ferreira, fez um discurso em sua posse defendendo pessoalmente o impeachment de Fernando Collor..