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Estado de Minas

Bumlai confessa farsa dos embriões no empréstimo de R$ 12 mi para o PT


postado em 15/12/2015 13:01

São Paulo, 15 - Em depoimento de mais de 6 horas à Polícia Federal, o empresário e pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, confessou a farsa dos embriões na operação fraudulenta para quitar o empréstimo de R$ 12 milhões com o Banco Schahin destinado ao PT. "Confessa que nunca houve a entrega de quaisquer embriões para as fazendas do Grupo Schahin", declarou Bumlai nesta segunda-feira, 14.

O amigo de Lula está preso em Curitiba desde 24 de novembro, quando foi capturado na Operação Passe Livre, desdobramento da Lava Jato. Bumlai é o protagonista de uma transação financeira que se transformou em um pesadelo para o PT. Em troca da concessão dos R$ 12 milhões, o Grupo Schahin ganhou um contrato de US$ 1,6 bilhão para operar o navio-sonda Vitoria 10000, da Petrobrás. Segundo Bumlai, o dinheiro foi repassado para o PT.

O amigo de Lula havia declarado em um primeiro momento que uma operação de dação de "embriões de gado de elite" para agropecuárias do Grupo Schahin foi a saída para quitação formal do empréstimo de R$ 12 milhões realizado em 2004.

No depoimento desta segunda, ele revelou a farsa. "Acreditava que com a assinatura do contrato (com a Petrobrás) a Schahin quitaria sua dívida; que, passado mais um tempo, o interrogando foi procurado por um advogado da Schahin, cujo nome não se lembra, para articular uma forma de quitar a dívida; que o advogado esclareceu que havia necessidade em se simular uma operação que envolvesse bens móveis; que os únicos bens móveis que o interrogando poderia fornecer seriam embriões bovinos", declarou.

"Toda a materialização da operação de venda de embriões foi executada pela Schahin, competindo ao interrogando apenas a emissão das notas fiscais, por causa da localidade dos embriões - Campo Grande/MS; que a operação envolvendo os embriões não demandava o pagamento de ICMS; que dentre os papéis produzidos para a quitação da dívida, recorda-se da existência de um instrumento de confissão de dívida de cerca de sessenta milhões de reais; que tal documento causou estranheza ao interrogando; que este documento foi encaminhado pelo advogado da Schahin ao advogado do interrogando que não tinha ciência de que toda a operação de quitação do empréstimo era simulada."


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