O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), disse que “estranha” a operação da Polícia Federal que cumpriu mandado de busca e apreensão na casa dele na manhã desta terça-feira. “Eu estranho só que isso tenha ocorrido no dia do Conselho de Ética, às vésperas da decisão do processo de impeachment e de repente deflagram uma operação. É de uma forma assim um pouco estranha , porque está em cima de um inquérito que já tem denúncia, que é de quatro meses atrás”, disse. O peemedebista também negou que tenha intenção ou que vá renunciar ao cargo. "Estou absolutamente tranquilo", declarou.
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A Polícia Federal cumpriu na manhã desta terça-feira mandado de busca e apreensão na residência oficial do presidente da Câmara, em Brasília, e também em outros endereços do parlamentar no Rio de Janeiro, em um condomínio na Barra da Tijuca. A operação também foi ao gabinete do parlamentar.
A operação desta terça-feira também teve como alvos, entre outros, os ministros da Ciência e Tecnologia, Celso Pansera, e do Turismo, Henrique Eduardo Alves, ambos do PMDB, os senadores Edison Lobão (PMDB-MA) e Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), os deputados Aníbal Gomes (PMDB-CE) e Áureo Lídio (SD-RJ), o prefeito de Nova Iguaçu, Nelson Bornier (PMDB-RJ), o ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Fábio Cleto (aliado de Cunha e exonerado na semana passada pela presidente Dilma), Aldo Guedes - ex-sócio de Eduardo Campos -, Lúcio Bolonha Funaro - delator do Mensalão -, Altair Alves Pinto - emissário de propina de Cunha, segundo os investigadores - e o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado.
Conselho de Ética
Sobre a aprovação do relatório que pede a continuidade da investigação dele no Conselho de Ética, Cunha disse que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ele, não lhe foi dado direito de defesa e que todos os atos ocorridos na reunião de hoje são irregulares. “Fizeram jogo para a plateia”, disse. .