São Paulo - Entre tantas revelações que fez durante seu interrogatório na Polícia Federal na segunda-feira, 14, uma em especial do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, chamou a atenção dos investigadores. Ele afirmou que "a estrutura da Petrobras era do Partido dos Trabalhadores".
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Justiça acolhe denúncia e Bumlai e mais 10 viram réus por corrupçãoEm depoimento à PF, Bumlai blinda LulaBumlai confessa farsa dos embriões no empréstimo de R$ 12 mi para o PTEmbaixada do Catar pediu a Bumlai reunião com LulaSuspeito do Caso Sanansa pediu R$ 650 mil a amigo de LulaBumlai nega à PF ter buscado apoio de Palocci para ex-diretor da PetrobrasA Operação Lava Jato, até aqui, trabalhava com informações de que a influência do PT na Petrobras teria ficado restrita à Diretoria de Serviços - com a nomeação do engenheiro Renato Duque, suposta indicação do ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu (Casa Civil/Governo Lula), ambos capturados por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro.
Outras unidades estratégicas da estatal, durante o reinado da corrupção e dos desvios (2004/2014), foram administradas por outras agremiações políticas - PP dominou a Diretoria de Abastecimento e o PMDB controlou a Internacional, aponta a Lava Jato.
A Operação Passe Livre, desdobramento da Lava Jato, foi deflagrada em 24 de novembro e colocou na cadeia o amigo de Lula. Amigo de churrascos e boa prosa durante longos anos.
Num primeiro depoimento, na sexta-feira, 11, José Carlos Bumlai negou tudo. Disse que os R$ 12 milhões que tomou emprestado no Banco Schahin, em outubro de 2004, cobriram dívidas suas. Negou taxativamente que o dinheiro tivesse sido repassado para o PT.
Na segunda-feira, 14, mudou a versão. Abriu o jogo.