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Estado de Minas

Qualicorp diz que não foi alvo de procedimento de busca e apreensão pela PF


postado em 16/12/2015 13:37 / atualizado em 16/12/2015 13:39

São Paulo - A Qualicorp, em fato relevante divulgado ao mercado, afirmou que não tem nenhuma relação com as operações conduzidas pelas autoridades nesta quarta-feira e que não foi alvo de nenhum procedimento de busca e apreensão. "Como companhia de capital aberto, com milhares de acionistas no Brasil e no exterior, o grupo repudia veementemente rumores envolvendo o seu nome sem nenhum embasamento", declarou no comunicado.

A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje uma nova etapa da Operação Acrônimo, em São Paulo e Brasília e um dos alvos de busca é o empresário Elon Gomes, sócio minoritário da Aliança Administradora de Benefícios de Saúde. A Qualicorp é detentora de 75% do Grupo Aliança.

Em 2012, a companhia de planos de saúde por adesão havia comprado 60% da Aliança e aumentou a fatia detida na empresa em 2014. Elon Gomes de Almeida é o fundador da Aliança e, após as negociações com a Qualicorp, permaneceu comprometido com o negócio, detendo 25% da empresa e continuando a exercer as suas funções de diretor presidente, conforme notificou a própria Qualicorp em fato relevante na época.

Ainda no comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Qualicorp esclareceu que tanto o grupo quanto a Aliança "nunca pleitearam qualquer tipo de financiamento público ou obtiveram recursos públicos para a realização de suas atividades, uma vez que estas dependem diretamente de usuários contratantes de planos de saúde."

A operação hoje da PF não envolve a empresa, somente o executivo. Segundo o advogado Eduardo Toledo, as buscas foram feitas na residência do empresário em Brasília, onde foram recolhidos extratos bancários, computador e telefone celular. O criminalista afirmou ainda que não conhece os termos do mandado de busca e apreensão na casa de seu cliente, porque o STJ colocou sigilo por 24 horas.

A Acrônimo foi desencadeada em maio e investiga irregularidades de campanha e suposto recebimento de propina pelo governador de Minas, Fernando Pimentel (PT-MG), quando ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Tem também como alvos a primeira-dama de Minas, Carolina Oliveira, e o empresário Benedito Rodrigues, colaborador de campanhas de Pimentel e suspeito de desviar recursos de contratos do governo federal com suas empresas.

Operadores lembraram que, na época do início da operação Acrônimo, a Qualicorp chegou a ser citada na imprensa, mas negou que tenha havido uma operação de busca e apreensão em seus escritórios ou na casa de seu principal acionista, José Seripieri Filho. Naquele dia, 29 de maio, as ações caíram 19,66%.


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