O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), evitou comentar sobre rumores da saída do governo do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Questionado sobre se o ministro estaria firme no cargo, já que ele tinha acabado de se reunir com Levy, Renan respondeu: "Não é minha especialidade não. Essa coisa da meta é uma discussão menor".
Os rumores sobre a saída de Levy cresceram porque o ministro defendia uma meta de superávit primário de 0,7% do PIB para o setor público em 2016, mas a presidente Dilma Rousseff decidiu reduzir o objetivo a ser perseguido.
Enquanto Levy estava no gabinete de Renan, a Fitch retirou o grau de investimento do Brasil, que é o selo de bom pagador que garante segurança aos investidores para aplicarem seus recursos no Pais. Ao final da entrevista, Renan foi questionado se a decisão da Fitch agravava ainda mais a situação econômica do Brasil, com impacto na política. Para responder, ele preferiu sair em defesa da sua atuação no Senado Federal, afirmando que o Senado votou mais medidas neste ano do que no ano passado. "Nós votamos todas as matérias que foram mandadas. Estamos aguardando as MPs, se elas chegarem a tempo, vamos votá-las", disse.
"Estou fazendo a minha parte", disse Renan, acrescentando que é preciso fazer o dever de casa para mudar o Brasil e assegurar fontes de financiamento para o Estado brasileiro. O presidente do Congresso disse que o governo e seus programas não cabem mais no PIB brasileiro.