A Mesa Diretora da Câmara rejeitou nesta quinta-feira a lista com as 36 assinaturas recolhidas por Leonardo Picciani (PMDB-RJ) para retornar à liderança do PMDB na Casa. Para a negativa, o órgão argumentou que o deputado Vitor Valim (CE) também foi signatário da lista anterior, que pedia a substituição de Picciani. Criou-se assim uma dualidade. Picciani prometeu recorrer e buscar novos apoios.
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Picciani pretende retomar hoje o cargo de líder do PMDBTemer rebate Renan e diz que PMDB não tem dono nem coronéisRenan critica Temer e diz que presidente do PMDB tem que buscar unidadeExecutiva do PMDB barra manobra para reconduzir Picciani à liderança na CâmaraPicciani tentará se reeleger líder do PMDB e manterá ex-secretários na CâmaraMesa Diretora da Câmara confirma recondução de Picciani à liderança de PMDBPicciani protocola lista de apoio para retomar liderança do PMDB na Câmara“Acho que fui vítima de um instrumento de força que é ruim para o partido, que constrange os deputados. Fui obrigado a fazer a lista porque foi a única forma de retornar à liderança e manter o calendário de eleição . Lamento que isto tenha ocorrido, mas agora restauramos a decisão democrática”, disse.
Saída
O motivo da saída de Picciani foi a lista de nomes do PMDB que ele apresentou para compor a comissão especial que vai analisar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. As vagas foram disputadas por integrantes do partido aliados do governo e nomes ligados ao presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que desde o fim do primeiro semestre anunciou rompimento pessoal com o Palácio do Planalto.
Insatisfeitos com as indicações, uma ala da legenda chegou a acusar Picciani de descumprir um compromisso firmado com a bancada, que previa que metade dos nomes (quatro) fossem escolhidos entre parlamentares favoráveis ao processo e a outra metade entre mais aliados ao governo. De acordo com o grupo, Picciani “atropelou” a bancada e fechou uma lista que foi construída com o Palácio do Planalto.
Leonardo Picciani minimizou divergências e negou que tenha sido vítima de um golpe. “Creio que isso é fruto do momento tenso que o país vive, em que é preciso aprovar medidas fiscais, quando há um processo de impedimento em curso, e ainda divergências sobre a situação de Eduardo Cunha. Tudo isto tensiona o ambiente. É preciso que todos recolham suas armas para que o PMDB ajude o país a superar esta situação.”
Diálogo
O peemedebista afirmou que com a confirmação das assinaturas retomará a liderança, mantendo o diálogo com o Palácio do Planalto. “Continuarei dialogando com a presidente Dilma .
Com Agência Brasil.