Brasília - A definição pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre eventual afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do cargo só será feita a partir de fevereiro, quando a Corte voltar do recesso. A informação foi confirmada na manhã desta quinta-feira pela assessoria de comunicação do Tribunal. O caso precisa ser analisado pelo relator da Lava-Jato no STF, ministro Teori Zavascki.
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PGR pede ao STF afastamento de Cunha do cargo de deputado federalPlanalto vê cerco a Cunha como 'vitória'Conselho notifica Cunha sobre admissibilidade de processo por quebra de decoroConselho de Ética notifica Cunha e deputado tem dez dias para defesaGoverno quer recesso de fim de ano curto para concluir impeachmentJaques Wagner defende que Congresso reduza recesso parlamentarO pedido da PGR de afastamento do peemedebista da cadeira de deputado federal e, por consequência, da Presidência da Câmara, tem 183 páginas. De acordo com a assessoria do Tribunal, o pedido "é alentado e foi feito em um momento em que não há tempo hábil para análise ainda neste semestre".
O Supremo tem sua última sessão marcada para esta sexta-feira (18). A partir da semana que vem, a Corte entra em recesso e só retoma os trabalhos em 1º de fevereiro.
Antes de levar o caso ao plenário, o relator precisa analisar os indícios apontados pela PGR para afastar Cunha do cargo e elaborar um relatório com indicação de voto. Na peça protocolada no final da tarde de ontem no STF, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, lista ao menos 11 atos do peemedebista que mostram tentativas de obstar as investigações ou usar do cargo em benefício próprio - seja para tirar proveito financeiro, seja para ameaçar e pressionar inimigos..