Brasília - O presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), criticou nesta manhã a decisão do Conselho de Ética de não conceder vista ao voto complementar do relator Marcos Rogério (PDT-RO) no processo por quebra de decoro parlamentar contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Para o parlamentar, que é próximo do peemedebista, o Conselho errou e hoje está sujeito a ter sua decisão revista pela CCJ, pela Mesa Diretora ou pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
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Conselho notifica Cunha sobre admissibilidade de processo por quebra de decoroConselho de Ética notifica Cunha e deputado tem dez dias para defesaCunha fez "manobras espúrias" para obstruir Conselho de Ética, diz JanotDecisão da CCJ sobre recurso contra decisão do Conselho de Ética fica para 2016Lira disse que o tema poderá entrar na pauta se houver trabalhos na Casa na próxima terça-feira, 22. Ele disse que o assunto não deve ser votado antes do carnaval de 2016 porque conta com a possibilidade de apresentação de pedido de vista ao relatório de Nascimento. "Aqui vista a gente dá", provocou.
O presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA), afirmou que se baseou em uma determinação do próprio Cunha que, em resposta a uma questão de ordem, destacou que não há necessidade de pedido de vista em matérias em que já houve discussão e concessão de vista.
Araújo ironizou a escolha de Elmar Nascimento para a relatoria do recurso de Marun e insinuou que pode haver proximidade entre o relator e Cunha. "Ele (Nascimento) prova que chegou aqui e está se mexendo, está no jogo. Tanto é verdade que acabou de ganhar do presidente Eduardo Cunha a presidência da comissão especial do Jogo", declarou o deputado, em referência à instalação da Comissão do Marco Regulatório dos Jogos no Brasil..