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Estado de Minas

Alckmin reforça elogios a Doria mas nega apoio aberto à pré-candidatura em SP


postado em 17/12/2015 14:31

São Paulo, 17 - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), voltou a elogiar o pré-candidato à Prefeitura da capital paulista do seu partido João Dória, mas negou que apoie algum nome abertamente. "O João Doria é extremamente trabalhador, tem espírito público, agora quem escolhe candidato é o partido, não é uma escolha pessoal, é uma escolha partidária. No caso do PSDB, deverá ter prévia, são 25 mil filiados que vão escolher o candidato", disse o governador.

Questionado se Doria teria seu apoio nas eleições prévias, previstas para ocorrerem em fevereiro, Alckmin se esquivou. "Quem for o escolhido pelo partido, terá nosso total apoio, agora eu destaquei que João Dória é uma pessoa extremamente preparada, muito trabalhador, 'workaholic'", afirmou Alckmin, ele mesmo também conhecido por ser viciado em trabalho.

Na noite de segunda-feira, 14, como revelou o jornal O Estado de S. Paulo, Alckmin sinalizou apoio a Doria em jantar na casa do empresário Flávio Rocha, para cerca de 100 pessoas. "Vitor Hugo dizia que nada segura a ideia que chegou seu tempo. E eu quero dizer que ficarei muito feliz se esse tempo for João Doria para trabalhar para São Paulo", disse Alckmin na ocasião.

O segundo candidato inscrito, até o momento, nas prévias do PSDB para ser o candidato a prefeito na Capital é o vereador Andrea Matarazzo, que conta com apoio de outros caciques de peso no partido - senador José Serra e ex-presidente Fernando Henrique Cardoso entre eles.

Cunha

Nesta quinta-feira, 17, após participar de um evento na capital paulista, Alckmin evitou as polêmicas da política nacional. Sobre Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que teve seu afastamento como deputado federal e, consequentemente como presidente da Câmara, pedido pela Procuradoria-Geral da República, o governador se limitou a defender o rito institucional e não comentou o pedido do procurador-geral Rodrigo Janot.

"Fui deputado federal e a Câmara fez o que tinha que fazer. Há uma denúncia, designou-se a comissão de ética, o relator apresentou seu relatório, haverá o direito de defesa, vai se julgar e resolver."

Dilma

Sobre o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff ou seu afastamento via cassação da chapa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e como essas movimentações podem ser afetadas pelo pedido da PGR contra Cunha, o governador tucano também preferiu não analisar diretamente. "Essas coisas (impeachment e cassação de Dilma) não dependem da vontade de ninguém. No TSE, é uma questão jurídica, cabe aos ministros analisar", disse. "O que eu tenho dito é que é preciso acelerar essas coisas, porque a morosidade leva a uma paralisia, com graves consequências não só politicas mas também econômica. Quanto mais rápido se definir essas questões, melhor para o País", completou.

Agenda

Alckmin assinou um decreto que beneficia o setor de telemarketing e evento ao lado de dirigentes da União Geral dos Trabalhadores (UGT). O governo reduziu a alíquota de ICMS para as empresas do setor de 25% para 15%, com objetivo de preservar empregos no momento de crise.

O governador foi elogiado pelo presidente da UGT, Ricardo Pattah, que chegou a dizer esperar ver Alckmin um dia presidente da República. O próprio Pattah tem aspirações políticas e trabalha para ser lançado candidato a prefeito da capital paulista pelo PSD de Gilberto Kassab. Durante o evento desta quinta-feira, dirigentes e militantes da UGT o chamavam de 'nosso prefeito'.


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