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Estado de Minas

Movimentos sociais demonstram apoio a Dilma, mas criticam política econômica


postado em 17/12/2015 15:01

Brasília, 17 - A presidente Dilma Rousseff recebeu nesta quinta-feira, 17, o apoio de representantes de movimentos sociais, intelectuais e artistas que são contra o impeachment, mas teve de ouvir deles críticas à condução da política econômica.

O grupo de cerca de 60 pessoas faz parte da chamada Frente Brasil Popular e foi um dos responsáveis por organizar as manifestações de rua que se espalharam por todo o Brasil na Quarta-feira. "Nós somos contra o golpe e a favor da democracia", disse o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), João Pedro Stédile.

Na sequência, porém, ele emendou: "Mas, ao mesmo tempo, viemos dizer que nós defendemos todos os direitos dos trabalhadores e somos contra qualquer política de ajuste fiscal do governo. Por isso, criticamos o governo naquelas medidas que já foram tomadas pelo Ministério da Fazenda, como corte do seguro desemprego e da ajuda aos pescadores".

Além da guinada à esquerda, o grupo cobrou do governo "medidas concretas" para que o País possa voltar a crescer. Questionados se a presidente havia dado algum sinal de que estava disposta a atender o pleito ou havia mencionado uma eventual substituição do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, eles desconversaram.

"A Central Única dos Trabalhadores tem muito firme as suas posições contra a política econômica. Levy não nos representa. Nós trouxemos essas demandas à presidente e ela respondeu a elas muito positivamente, mas colocou os limites que o governo tem", disse a sindicalista Janeslei Albuquerque.

Ao final, o ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário) minimizou as críticas e afirmou que o governo tem mais "convergências do que divergências" com os movimentos sociais.

Também participaram do encontro nomes como o teólogo Leonardo Boff , o cantor Tico Santa Cruz e a presidente da União Nacional de Estudantes (UNE), Carina Vitral.

Desde que foi deflagrado o processo de impeachment, no início do mês, a presidente tem tentado demonstrar força política. Ela já se reuniu com juristas, governadores e prefeitos que não concordam com o seu afastamento.


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