(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Sem Cunha, outro deputado investigado na Lava-Jato assumiria o impeachment

Waldir Maranhão, além de ser apontado como beneficiário de esquema de corrupção na Lava-Jato, ainda responde no STF pelos crimes de crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens


postado em 20/12/2015 15:06 / atualizado em 20/12/2015 15:29

Deputado Waldir Maranhão é vice-presidente da Câmara e o primeiro na linha sucessória em caso de afastamento de Cunha(foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados )
Deputado Waldir Maranhão é vice-presidente da Câmara e o primeiro na linha sucessória em caso de afastamento de Cunha (foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados )

Em caso de afastamento do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do comando da Câmara por determinação do Supremo Tribunal Federal, o comando do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff ficará nas mãos de outro investigado na Lava-Jato: Waldir Maranhão (PP-MA), aliado do ex-presidente José Sarney e do próprio Eduardo Cunha.

Isso ocorrerá se a Corte julgar procedente o pedido de afastamento do peemedebista feito semana passada pela Procuradoria-Geral da República. O entendimento é o de que a substituição de um pelo outro será automática e não levará à realização de novas eleições internas.

A possibilidade de Maranhão presidir a Câmara já é comparada por governistas e oposicionistas à gestão de Severino Cavalcanti (PP-PE). Acusado em 2005 de cobrar propinas de empresários que administravam restaurantes na Câmara, Severino renunciou ao mandato às vésperas da instauração de processo disciplinar no Conselho de Ética porque não conseguia mais presidir a Casa. Sempre que ele tentava presidir as sessões, havia tumulto.

O STF vai decidir sobre o afastamento só em fevereiro, na volta do recesso do Judiciário. O caso está nas mãos do ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato na Corte, mas a expectativa é de que ele compartilhe a decisão com seus colegas.

Os parlamentares entendem que só haveria eleição para presidente da Casa se Cunha renunciasse ou fosse cassado. Essa discussão, no entanto, ainda não foi aprofundada porque aliados e adversários do peemedebista dizem que ainda é cedo para testar nomes. Do “baixo clero”, Maranhão destituiu o deputado Fausto Pinato (PRB-SP) da relatoria do processo por quebra de decoro parlamentar contra Cunha.

Em depoimento, o doleiro Alberto Youssef, delator da Lava-Jato, apontou Maranhão como um dos parlamentares beneficiados pelo esquema de corrupção e desvios na Petrobras. O deputado do PP também é alvo de dois inquéritos no Supremo em que é acusado de crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens.

Com Agência Estado


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)