Os tetos de gastos para os candidatos a prefeito e vereador na primeira eleição depois da proibição do financiamento privado já foram definidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e indicam que a campanha de 2016 vai ser bem modesta, diferentemente das últimas disputas, quando os gastos dos candidatos atingiram cifras astronômicas. Em Belo Horizonte, cada candidato a prefeito vai poder gastar até R$ 19,9 milhões com a disputa, valor correspondente a 70% da campanha mais cara de 2012, que foi a de Marcio Lacerda (PSB), que teve despesas de R$ 28,5 milhões para se reeleger. Já o teto dos gastos para cada candidato a uma vaga na Câmara Municipal é de R$ 454,2 mil, o que representa 70% da campanha do vereador Daniel Nepomuceno (PSB), atual presidente do Clube Atlético Mineiro, que gastou 648,9 mil para garantir mais um mandato na campanha.
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TSE aprova novas regras para eleições municipais de 2016Governo revê meta fiscal e TSE garante votação eletrônica nas eleições de 2016Eleição proíbe a partir de hoje aumento de salário para servidor Partidos se unem de forma inédita contra resolução do TSETSE inflaciona valor da campanha eleitoral deste anoPartidos articulam sucessão na Prefeitura de BHEntidades promovem campanha contra gasto irregular de candidatosOutra novidade na resolução, alvo de questionamentos no fórum de entidades que atuam nas eleições realizado semana passada, é a obrigatoriedade da constituição de um advogado para a prestação de contas dos candidatos. A exigência, prevista na resolução que dispõe sobre a arrecadação e os gastos de recursos por partidos políticos e candidatos e sobre a prestação de contas das eleições, é contestada pelo presidente da comissão eleitoral da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Minas Gerais (OAB-MG), Wederson Advíncula.
Segundo Advíncula, o candidato que não contratar advogado poderá ter suas contas consideradas não prestadas e, portanto, ficará sem sua quitação eleitoral, ou seja, impedido de se candidatar em eleições futuras. “Outro problema é que não existem tantos advogados, muito menos especialistas em direito eleitoral, para o número de candidatos registrados. O TSE não mensurou e refletiu sobre as consequências dessa norma: muito boa para os advogados e péssima para a cidadania”, criticou.
Para o integrante da comissão eleitoral da OAB-MG, foi bom que o TSE tenha editado as regras das eleições ainda em 2015. Entretanto, segundo ele, ainda pode haver alterações, já que vários dispositivos da minirreforma eleitoral aprovada este ano estão sendo questionados no Supremo Tribunal Federal. “Assim sendo, e infelizmente, só saberemos das regras para as eleições perto do prazo para registro de candidatura”, alerta.
Experiência O advogado também manifesta preocupação com a captação ilícita de CPFs para justificar arrecadações ilegais.
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