Até então com discurso de que só decidiria sobre reeleição em 2016, o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), anunciou que disputará novamente o posto em fevereiro, quando estão previstas eleições de novos líderes partidários e presidentes de comissões permanentes na Casa. Uma das principais estratégias para se manter no cargo até lá e conseguir se reeleger será manter deputados do PMDB do Rio que estavam licenciados e retomaram os mandatos no início de dezembro para apoiá-lo.
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Sete deputados que assinaram lista de Quintão apoiaram recondução de PiccianiCâmara rejeita assinaturas de Picciani para voltar à liderança do PMDBMesa Diretora da Câmara confirma recondução de Picciani à liderança de PMDBApós derrota de Cunha no STF, aliado de Picciani deve tomar posse como deputadoPicciani foi destituído do posto de líder do PMDB na Câmara após articulação de deputados da ala pró-impeachment do partido. Com o aval do vice-presidente da República e presidente nacional da legenda, Michel Temer, esses parlamentares apresentaram lista com 35 assinaturas, derrubando o deputado fluminense e indicando Leonardo Quintão (MG) ao posto. Oito dias depois, contudo, Picciani apresentou nova lista com apoio de 36 deputados do PMDB e foi reconduzido ao posto.
Para retomar o posto, o parlamentar fluminense contou com ajuda direta do Palácio do Planalto. A presidente Dilma Rousseff escalou ministros do PMDB, como Kátia Abreu e Helder Barbalho, governadores e parlamentares aliados. Eles conseguiram convencer sete deputados peemedebistas que tinham apoiado Leonardo Quintão a mudarem de ideia e assinarem a nova lista que reconduziu Picciani ao posto. A estratégia dificultou a retomada da liderança da sigla na Casa pela ala pró-impeachment.
À frente do movimento que tenta derrubar Picciani, os deputados Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) e Osmar Terra (PMDB-RS) já estão colhendo assinaturas para tentar reconduzir Quintão ao cargo de líder do PMDB.
Para conter esse movimento, Picciani articulou a permanência de Cabral e Pedro Paulo na Câmara. "Eles vão ter que disputar a liderança comigo agora no voto em fevereiro", diz o líder. Além de atrapalhar o movimento para derrubá-lo, Picciani dá mais uma demonstração de apoio a Dilma. Isso porque os parlamentares fluminenses são da ala do PMDB contrária ao impeachment e, ao se manterem no mandato, podem ajudar a petista a barrar o processo de afastamento na Câmara..