Brasília - Aliado do líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), o vereador carioca Átila Nunes (PMDB-RJ) será empossado nesta quarta-feira como deputado federal. A posse foi garantida por liminar concedida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, após o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se negar a empossar Nunes e reforça o apoio à permanência de Picciani como líder da legenda na Câmara. A posse de Átila Nunes como deputado foi articulada por Picciani com o apoio do comando do PMDB fluminense.
O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), nomeou o deputado federal Ezequiel Teixeira (PMB-RJ) secretário de Assistência Social e Direitos Humanos do Estado, abrindo o caminho para Nunes assumir como suplente na Câmara dos Deputados. Cunha, contudo, se negou a dar posse a Átila, alegando que ele não podia ser empossado deputado, pois já exercia mandato de vereador. O parlamentar fluminense, então, entrou com mandado de segurança no Supremo, alegando que já tinha se licenciado do mandato de vereador para assumir como deputado federal. Em sua decisão, Lewandoski sustentou que, como Átila Nunes assumirá apenas como suplente de deputado, a licença do cargo de vereador é suficiente para garantir sua posse na Câmara. Segundo a Mesa Diretora da Casa, a posse deve ocorrer hoje, em cerimônia no gabinete de Cunha.
A decisão do Supremo favorável a Átila Nunes foi tomada pelo presidente da corte no dia 29 de dezembro, um dia depois de o deputado federal Pedro Paulo (PMDB-RJ), também aliado de Picciani, se licenciar novamente do cargo e voltar para a Secretaria Executiva de Coordenação de Governo da Prefeitura do Rio. O político fluminense havia se licenciado do cargo de secretário no início de dezembro para voltar à Câmara e apoiar a recondução de Picciani ao posto de líder do PMDB na Câmara.
CARGO Além de Pedro Paulo, Marco Antônio Cabral (PMDB-RJ) se licenciou, no início de novembro, de cargo que ocupava no governo do Estado do Rio para retomar o mandato de deputado federal e apoiar a restituição de Picciani como líder do PMDB.