"O desmonte da Polícia Federal é real e geral. Temos que combater isso com veemência! Recebi vários vídeos de delegados da PF indicando que a situação chega a ser desesperadora. Se não liberam recursos nem para o pagamento de contas de energia no Paraná, onde está concentrada a investigação do maior caso de corrupção do mundo, imagine a situação no restante do País?", questiona Sampaio na nota.
O tucano afirma que o combate à corrupção "é apenas mais uma ação de marketing dos governos petistas". Sampaio destaca que o governo federal diz não temer as investigações em curso, mas conclui que o corte "não permite que os investigadores da Lava Jato tenham dinheiro sequer para combustível dos veículos usados nas operações".
Após uma série de críticas de delegados da Polícia Federal, o Ministério da Justiça, responsável pelo órgão, admitiu a possibilidade de recompor o orçamento da categoria para este ano - que tem previsão de corte de R$ 133 milhões. De acordo com o governo, os recursos para a PF poderão ser garantidos pela própria pasta da Justiça ou pelo Ministério do Planejamento.
Na semana passada, a Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) criticou o corte e afirmou que a redução no valor previsto colocaria sob risco investigações em curso. O ministro da Justiça negou a possibilidade de que o Orçamento afete as apurações, mas admitiu que buscará uma solução para evitar o corte.
Carlos Sampaio, que será substituído a partir de fevereiro por Antonio Imbassahy (BA), lembra que a PEC 412, que prevê autonomia financeira e orçamentária da PF em relação ao Ministério da Justiça, é uma proposta que se arrasta há anos no Congresso. "Toda ação que for em favor de reforçar a atuação da PF e dos órgãos de segurança receberá o apoio do PSDB.