O tour deve começar pela Região Sul, onde historicamente o vice detém maior número de apoio. A princípio, as viagens serão feitas com recursos da legenda. Segundo o secretário-geral do PMDB, deputado Mauro Lopes (MG), além das visitas às principais capitais do país, a campanha também deve contar com uma estrutura de call center para efetivar contatos com representantes do partido nas cidades que Temer não puder visitar. De acordo com um aliado, Temer vai procurar delegados da sigla para saber o que eles acham da direção atual e até encomendou pesquisas. A decisão de Temer pelo início da campanha ocorre de olho nas sinalizações de que o grupo liderado pelo senador Renan Calheiros lançará um candidato para disputar o comando da cúpula da legenda. Entre os nomes cotados está o do senador Romero Jucá (RR).
No tabuleiro da batalha interna, os dois lados disputarão os votos dos representantes do Rio de Janeiro, estado que conta com o maior número de delegados na convenção.
Com receio de haver um acirramento na disputa pelo comando do PMDB, Temer passou a adotar neste início de ano um discurso de “unidade” e “harmonia”. “Ele vai pregar a unidade partidária, ressaltando que o PMDB é o maior partido do Brasil se estiver junto. Se estiver desunido, não vai ter peso para bancar a posição de alternativa ao PT e ao PSDB em 2018”, afirmou o deputado Osmar Terra (PMDB-RS), aliado do vice. A passagem de Temer pelos diretórios estaduais também servirá para ele ouvir a sigla a respeito de um possível desembarque do governo. “Ele não vai tocar no tema, mas é óbvio que essa questão vai entrar nas discussões, os companheiros vão se colocar”, disse Darcísio Perondi (PMDB-RS)..