Concluída em julho na Câmara, a CPI de Violência Contra Jovens Negros propôs a tramitação de 14 propostas e fez 83 recomendações aos poderes Executivo, Judiciário e ao Ministério Público. Principal medida, a PEC 126/2015 prevê a destinação de 2% da arrecadação do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para um fundo que financiaria políticas na área. A proposta aguarda parecer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Segunda em volume de gastos na Câmara, a comissão gastou R$ 336.501,89 com viagens a 12 estados e deslocamento de especialistas e depoentes a Brasília. CPI mais cara do Senado, a comissão que tratou do mesmo tema desembolsou R$ 211.501,71.
A CPI do Sistema Carcerário gastou R$ 130.550,55. Foram feitas diligências no Conjunto Penal de Feira de Santana (BA), palco de rebelião em 24 de maio que deixou nove mortos. Também foram visitados o Complexo Penitenciário de Pedrinhas (MA), três centros de detenção paulistas, cinco em Santa Catarina e três no Pará. O relatório final propôs 20 projetos de lei e concluiu pela necessidade de adotar scaner corporal nos presídios para acabar com a revista íntima, medida já adotada em alguns estados. Presidente da CPI do Sistema Carcerário, o deputado Alberto Fraga (DEM-DF) destacou que as comissões investigativas permitem uma pressão maior para obtenção de informações. “Solicitamos dados e os estados se recusaram a mandá-los. Ratifiquei em ofício aos governadores e mandaram”, disse. Já o relator da CPI dos Crimes Cibernéticos, deputado Esperidião Amin (PP-SC), defendeu que a comissão conseguiu pautar operações da Polícia Federal. “Não tenho dúvida de que, com a prorrogação, terei mais informações técnicas para chegar a escrever tópicos de aperfeiçoamento das leis Marco Civil e Carolina Dieckmann”.
DESFALQUE NO SUS Responsável pelo indiciamento de 10 pessoas e pela investigação de 16 empresas, além de propor a tramitação de quatro projetos de lei, a CPI da Máfia de Órteses e Próteses na Câmara gastou R$ 64.118,35. A única viagem foi uma diligência em Montes Claros (MG), em 18 de junho, que custou R$ 5.772,16. O objetivo era esclarecer as denúncias de que materiais pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) eram usados na rede privada por meio de laudos falsos. O relatório final identificou os crimes de estelionato, falsificação de documentos, lesão corporal, falsidade ideológica, associação criminosa, uso de documento falso, peculato, concussão (quando funcionário público exige vantagem indevida) e corrupção passiva.
Presidente da CPI de Próteses na Câmara, o deputado Geraldo Resende (PMDB-MS) acredita que o custo foi baixo, comparado a outras comissões com resultado menos satisfatório. “A redução de mais de 50% no número de implantes de órteses e próteses figura como resultado mais claro”, afirmou.
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