O jornalO Estado de S. Paulo fez contato com a assessoria de imprensa de todos os bancos para que tivessem conhecimento sobre o conteúdo da reportagem e se colocou à disposição para publicar o seu posicionamento.
Em nota enviada por sua assessoria de imprensa, o Itaú BBA declarou: "Informamos que em dezembro de 2009 o Grupo Schahin e um sindicato formado por diversos Bancos brasileiros e estrangeiros (dentre os quais o Banco Itaú BBA) celebraram operações no âmbito de um processo de reestruturação de dívidas da empresa, com garantia de recebíveis contra a Petrobras. O Itaú Unibanco afirma que a operação foi feita de boa-fé, em condições normais de mercado e em total conformidade com as normas aplicáveis. Estamos totalmente à disposição das autoridades competentes para colaborar com as investigações e prestar quaisquer esclarecimentos adicionais, nos termos da lei."
O banco Bonsucesso declarou, também em nota, que "fez uma operação de crédito no Brasil para a Schahin Holding, em 2007, no valor de R$ 25 milhões. "Em 2009, o grupo Schahin apresentou dificuldades financeiras. Desde então, estamos tentando receber a dívida, que está sendo executada desde o final de 2014, e que foi contabilizada a prejuízo em nosso balanço de julho de 2015, no valor de R$ 29 milhões." O Banco Bonsucesso recebeu apenas uma pequena parte da dívida e este recebimento foi realizado no Brasil. "Esclarecemos, ainda, que o banco Bonsucesso não possui nenhuma subsidiária fora do País."
O Bradesco, em nota, disse que "segue princípios de governança aderentes às melhores práticas de mercado e em respeito às normas que regem o sigilo bancário, não comenta operações ou posições dos seus clientes". O BicBanco, também em nota, declarou que "não comenta operações ou eventuais operações com clientes ou eventuais clientes". O Pine adotou posicionamento idêntico e reforçou a lisura das operações com o grupo Schahin: "O Banco Pine nega qualquer irregularidade e reforça que toda e qualquer operação efetuada pelo banco segue a legislação vigente".
HSBC, Santander, Deutsche Bank, Banco Votorantim e Banco ABC preferiram não fazer comentários. Um diretor do Tricury que atendeu a reportagem e não quer ser identificado disse que as operações com o grupo Schahin foram feitas dentro da lei.
No caso do banco Fibra, instituição controlada pela família Steinbruch, que não tem assessoria de imprensa e não atendeu a reportagem por telefone, o Estado buscou informações na CSN. O assessor de imprensa avisou que buscaria contato com um porta-voz do Fibra, que deveria entrar em contato com o jornal, o que não ocorreu até a conclusão desta edição..