O pecuarista José Carlos Bumlai, preso desde o dia 24 novembro, passou mal durante o fim de semana na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba. A defesa do empresário disse que ele apresentava sinais de sangue na urina mesmo antes de ser detido. Nesta segunda-feira, o advogado dele, Arnaldo Malheiros, encaminhou um pedido ao juiz Sérgio Moro para que Bumlai possa ser atendido em um hospital da capital paraense.
José Carlos Bumlai foi preso na Operação Lava-Jato sob acusação de corrupção, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta. Ele é suspeito de ter participado de um esquema de corrupção na Petrobras e ter repassado dinheiro ao PT. Ele é apontado como intermediador de um empréstimo para o PT, em 2004, no valor de R$ 12 milhões, tomado no Banco Schahin e nunca quitado. Três anos depois, o pecuarista teria atuado para dirigir um contrato de US$ 1,3 bilhão da Petrobras para o Grupo Schahin.
A força-tarefa da Lava-Jato, em Curitiba, investiga qual foi o papel de um grupo de bancos privados, de grande e médio porte, em crimes financeiros envolvendo contratos avaliados em US$ 15 bilhões entre o grupo Schahin e a Petrobras. Os detalhes das transações consideradas suspeitas e os argumentos que apontam o envolvimento dessas instituições constam de uma representação fiscal para fins penais da Delegacia da Receita Federal em São Paulo, encaminhada ao Ministério Público Federal.