Bumlai está preso preventivamente desde 24 de novembro do ano passado, quando foi deflagrada a Operação Passe Livre. O amigo de Lula é o pivô do polêmico empréstimo de R$ 12 milhões concedido a ele pelo Banco Schahin, cujo destinatário final foi o PT, segundo confessou o pecuarista. Ele é acusado por corrupção e gestão fraudulenta.
"Dias antes de sua prisão em 24 de novembro, o peticionário apresentou um episódio de sangramento na urina, pelo qual deveria ter sido internado, e só não foi porque se recusou a cumprir a recomendação médica para se apresentar perante à sessão da CPI do BNDES marcada para aquela data", afirmou a defesa do pecuarista.
Moro autorizou o deslocamento de Bumlai, mediante escolta, da carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, onde o empresário está custodiado, até o Hospital Santa Cruz, na capital paranaense. "O deslocamento e exames deverão ser realizados na data de hoje ou de amanhã a depender das necessidades da Polícia Federal de organizar escolta. Após o procedimento, deverá o custodiado retornar imediatamente à carceragem da PF", determinou Moro.
"Caso seja necessário internamento, o Juízo deverá ser provocado. Se houver necessidade de internamento por urgência, fica desde logo autorizado mediante escolta."
Segundo a defesa do empresário, ele precisa "realizar exame de urina e tomografia computadorizada com trato urológico". Subscrevem o pedido os criminalistas Arnaldo Malheiros Filho, Conrado Gidrão de Almeida Prado e Edward Rocha de Carvalho.
"Desde o final do ano passado, os médicos têm reiterado ao requerente a necessidade de realização de exames para a investigação do ocorrido.
Na petição, a defesa informou a Moro sobre a necessidade de o pecuarista fazer "fisioterapia motora em face de também ser portador de osteoartrose".
Moro decidiu. "Quanto às sessões de fisioterapia para tratamento da osteartrose, deve a defesa formalizar o requerimento diretamente à autoridade policial a fim de verificar da viabilidade de realização delas no estabelecimento carcerário, trazendo somente após a questão a este Juízo.".