"Afirmações vagas como essa, que se referem genericamente a um período no qual eu era presidente e a um ex-presidente da Petrobras já falecido (Francisco Gros), sem especificar pessoas envolvidas, servem apenas para confundir e não trazem elementos que permitam verificação", disse Fernando Henrique Cardoso.
Em outubro de 2002, a Petrobras comprou 58,62% das ações da Pérez Companc e 47,1% da Fundação Pérez Companc. Na época, a Pecom, como é conhecida, era a maior empresa petrolífera independente da América Latina. A Petrobras, então sob o comando do presidente Francisco Gros, pagou US$ 1,027 bilhão pela Pérez Companc.
Neste documento, o ex-diretor não explica para quem teria ido a suposta propina ou quem teria feito o pagamento. O ex-presidente disse que as declarações de Cerveró são vagas. "Não tenho a menor ideia da matéria. Na época o presidente da Petrobras era Francisco Gros, pessoa de reputação ilibada e sem qualquer ligação político partidária."
As informações de Cerveró constam de documento apreendido no gabinete do senador Delcídio Amaral (PT/MS), ex-líder do governo no Senado. O documento com as declarações de Cerveró é parte do resumo das informações que o ex-diretor prestou à Procuradoria-Geral antes de fechar seu acordo de delação premiada.