Rose foi nomeada em 2003 para a chefia do Gabinete da Presidência, por indicação do petista. Em fevereiro de 2014, a Justiça Federal abriu ação criminal contra ela e outros 17 alvos da Porto Seguro, investigação sobre suposto esquema de venda de pareceres técnicos de órgãos públicos federais. A Procuradoria atribui a Rose os crimes de quadrilha, tráfico de influência e corrupção passiva.
As informações foram divulgadas pela Procuradoria Regional da República em São Paulo.
Em ação civil por improbidade, o Ministério Público Federal obteve ordem judicial de bloqueio de bens de Rose e de outros alvos da Porto Seguro. Ela e cinco investigados recorreram ao Tribunal Regional Federal da 3. Região (TRF3). Em parecer, a procuradora regional da República da 3ª Região Geisa de Assis Rodrigues aponta ‘fortes indícios de conduta de improbidade a impor a manutenção da indisponibilidade dos bens até o montante devido pelo enriquecimento ilícito, apurado em R$ 139.305,33, além de dano material e multa a ser aplicada no total estimado em R$ 1.117.936,00'.
A procuradora cita investigações policiais que constataram 'intensa troca de vantagens para satisfação de interesses pessoais diretos e indiretos dos réus, utilizando-se para tanto dos respectivos cargos públicos federais, com manifesta violação dos princípios da honestidade, da legalidade, da imparcialidade e da lealdade às instituições públicas a cujos quadros estavam vinculados’.
Em resposta à alegação da defesa de Rose, de que a liminar violaria os princípios da ampla defesa e do contraditório ou mesmo antecipando o julgamento, a procuradora Geisa Rodrigues afirma que a indisponibilidade de bens ‘visa apenas garantir o resultado útil e prático da demanda, isto é, garantir futura execução’.
Também tiveram os recursos negados Paulo Rodrigues Vieira, ex-ouvidor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e ex-diretor de Hidrologia da Agência Nacional de Águas - ANA, José Gonzaga da Silva Neto, dirigente da Faculdade Reges de Dracena, o advogado Marco Antônio Negrão Martorelli, Carlos César Floriano e o Instituto Vale Educação (atual nome da Associação Educacional e Cultural Nossa Senhora Aparecida)..