Brasília - Integrantes da Executiva Nacional do PT acertaram a contratação do marqueteiro Edson Barbosa, o Edinho, que trabalhou para o partido em 2005, ano do mensalão.
"O roteiro ainda não está acertado, isso deve acontecer só no final deste mês. Mas nós já brifamos o Edinho para ser feito um programa em defesa do PT", afirmou ao Estado o secretário de Comunicação e vice-presidente nacional da legenda, Alberto Cantalice.
Segundo ele, ainda não está definido se a defesa do partido também contará com a participação da presidente Dilma Rousseff. "Talvez o Lula participe, mas ainda não tem nenhuma definição. A gente vai ter uma reunião da Executiva nas próximas semanas para bater o martelo", ressaltou o dirigente.
A contratação de Edson Barbosa ocorreu após o marqueteiro João Santana se recusar a fazer o primeiro programa do partido deste ano, sob a alegação de ter outros compromissos internacionais. Santana foi responsável por conduzir a produção dos últimos comerciais e também coordenou as campanhas presidenciais do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff.
Experiência
Na bagagem, Edson Barbosa traz a experiência de ter atuado para o PT entre 2005 e 2008, período em que algumas das principais lideranças da legenda foram denunciadas por envolvimento no esquema do mensalão. Em meio aos desgastes ao então governo Lula com os desdobramentos dos processos na Justiça, o marqueteiro apostou na estratégia de fazer comparações com o governo de Fernando Henrique Cardoso na área social.
No histórico de Edson Barbosa também está a amizade e serviços prestados ao ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), morto após queda de sua aeronave, durante as eleições presidenciais de 2014. Edinho foi o responsável pelo primeiro programa do partido socialista realizado em março daquele ano, ocasião em que a ex-ministra Marina Silva declarou apoio a Campos. Na disputa eleitoral, a pedido do ex-governador de Pernambuco, o marqueteiro conduziu a campanha vitoriosa do então secretário estadual Paulo Câmara (PSB) ao governo do Estado.
Procurado pela reportagem, Edinho não retornou às ligações e mensagens enviadas.