O ex-diretor da Petrobras declarou à Procuradoria-Geral da República (PGR) diz ter ouvido do senador Fernando Collor (PTB-AL) que teria negociado diretamente com Dilma a indicação de cargos de chefia na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.
"Vamos propor a convocação de Cerveró na comissão especial do impeachment", afirmou Mendonça Filho. De acordo com o líder do DEM na Câmara, a delação do ex-diretor e todas as outras que foram divulgadas recentemente põem dentro do Planalto a tensão do impedimento e dos processos no TSE.
"O impeachment tem que ser esgotado. E essas denúncias e delações mostram que, ao contrário do que o governo esperava, que o recesso esvaziaria a tese do impeachment, ele permanece vivo e forte", avaliou. A comissão especial deve ser montada somente na volta do recesso legislativo, em fevereiro. Por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), os membros só poderão ser indicados pelos líderes partidários e eleitos em votação aberta.
PRESSÃO POPULAR Segundo o líder do PPS na Casa, Rubens Bueno (PR), o conteúdo do depoimento é "gravíssimo" e deve aumentar a pressão popular pelo impeachment de Dilma. "Com a imprensa denunciando e a sociedade se organizando, o impeachment ganhará mais força", diz. Conforme o líder da minoria na Câmara, Bruno Araújo (PSDB-PE), a delação de Cerveró "coloca no colo" do Palácio do Planalto a investigação de corrupção na Petrobras.
Como mostrou mais cedo o Broadcast Político, o PSDB pretende incluir trechos da delação nas representações que ingressou no TSE em que questiona irregularidades na campanha da presidente e do vice-presidente Michel Temer e pede a cassação dos mandatos deles..