"Aos poucos, as delações estão comprovando nossas suspeitas de que Lula e Dilma não só sabiam do esquema de corrupção na Petrobras, como ajudaram a mantê-lo como fonte de arrecadação para o PT e seus aliados no governo", disse Sampaio, ao comentar o conteúdo da delação premiada do ex-diretor da estatal, Nestor Cerveró.
Cerveró declarou à Procuradoria-Geral da República (PGR) ter ouvido do senador Fernando Collor (PTB-AL) menção à presidente Dilma.
Líderes governistas avaliaram hoje que o conteúdo da delação não reacende o clima favorável ao andamento do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. "Não tem força (para estimular o impeachment) porque não tem base, não tem consistência. O objetivo dele é se livrar dos delitos que ele praticou", avaliou o vice-líder do governo na Câmara, Paulo Teixeira (PT-SP).
Advogados do PSDB pretendem pedir ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a inclusão da delação premiada do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras em três ações que podem levar a Corte a cassar a chapa da petista e do vice-presidente Michel Temer (PMDB). Os tucanos também discutem se vão sugerir o depoimento do próprio ex-diretor para instruir as ações do TSE.
Já o atual líder do DEM, Mendonça Filho (PE), anunciou nesta tarde que vai propor a convocação de Cerveró para a comissão especial do impeachment, assim que o colegiado começar a trabalhar. Cerveró já esteve em outras ocasiões no Congresso para falar sobre o esquema de corrupção na estatal, mas se for convocado mais uma vez, poderá falar abertamente, pela primeira vez, o que sabe..