Brasília – O enfraquecimento político do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), diante das denúncias de corrupção contra ele, fez com que seus adversários começassem a articular a ocupação de espaços hoje nas mãos de aliados do peemedebista nas comissões permanentes da Casa. O principal alvo é a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), considerada a mais importante.
Com a segunda maior bancada desse bloco de 14 legendas, o PP, por exemplo, tenta assumir a presidência da Comissão de Finanças e Tributação, considerada a segunda mais importante da Câmara. Cunha apoiou e conseguiu eleger a correligionária Soraya Santos (PMDB-RJ) em 2015. Neste ano, o candidato ligado a ele, o ex-ministro das Cidades Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), enfrenta internamente o deputado Esperidião Amin (PP-SC). A análise dos líderes é de que o presidente da Câmara terá muita dificuldade em eleger seus candidatos para os colegiados. Desta forma, aumentará a disputa entre oposição e governo pelas comissões estratégicas.