Como não teve o mandato cassado, Delcídio segue senador, com todos os seus direitos, salário e benefícios.
Quando um senador em exercício falta a uma sessão deliberativa - aquela em que são votados projetos -, seu salário é descontado em aproximadamente R$ 1.200. Como a prisão de um senador é inédita, a Secretaria-Geral da Mesa do Senado interpreta que ele está licenciado do cargo, como se estivesse afastado por uma questão de saúde. O entendimento, portanto, é de que Delcídio não comparece às sessões porque está impedido.
Dezembro foi um mês intenso no Senado, com votações decisivas para a pauta orçamentária, além do esforço de parlamentares em aprovar projetos antes do fim do ano. No gabinete de Delcídio, entretanto, a atividade legislativa perdeu a força. Elaborar e analisar processos já não era mais necessário. Duas secretárias se revezavam na recepção, enquanto outra funcionária assumiu o posto do chefe de gabinete, Diogo Ferreira, também preso junto com o chefe.
A ausência do líder do governo está refletida nas contas do gabinete.
O Estado de S. Paulo..