Um dos candidatos da disputa, Leonardo Quintão (MG) explicou que seu grupo defendeu que as eleições fossem realizada no dia 3 de fevereiro. Porém, o atual líder, Leonardo Picciani (RJ), que tentará reeleição, estabeleceu que o pleito seria dia 17, e o grupo de Quintão acabou aceitando.
O grupo de Quintão defendia a eleição no dia 3 para tentar garantir que o novo líder da sigla indicasse os oito membros do PMDB para a comissão especial do impeachment na Câmara. A ideia era evitar que Picciani, mesmo sem ser reeleito, fosse o responsável pela escolha, por ainda ser o líder na data em que o colegiado fosse formado.
A comissão deve ser instalada após a volta do recesso legislativo, no início de fevereiro. A data, contudo, não está estabelecida. Isso porque o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que só determinará a formação do colegiado após o Supremo Tribunal Federal (STF) analisar os embargos declaratórios que a Casa entrará contra o rito do impeachment estabelecido pela corte.
Desafeto político do Planalto, o presidente da Câmara questiona principalmente a decisão do Supremo de determinar que a escolha dos membros da comissão deverá ser secreta e não poderá haver candidaturas avulsas. O rito estabelecido pelo STF foi considerado favorável à presidente Dilma Rousseff.
Votação
Picciani também saiu vitorioso na defesa do número de votos necessários para reeleição. O grupo de Quintão defendia que, para se reeleger, o candidato precisaria de, no mínimo, dois terços dos votos da bancada.
Por meio desse quorum de maioria absoluta, Picciani precisará de apenas 34 votos para ser reconduzido ao posto. Já pela regra de 2/3, o deputado fluminense deveria ter no mínimo 44 apoiamentos..