A reunião é preparatória para o encontro de governadores agendado para 1.º de fevereiro em Brasília. Os chefes dos Executivos de dez estados e do Distrito Federal tiveram uma primeira reunião em 28 de dezembro. No mesmo dia, foram recebidos por Barbosa. Pezão, Renan e Pimentel foram escolhidos para elaborar a pauta prévia do encontro desta quarta.
No caso da dívida com a União, o Rio paga 13% da Receita Líquida Real (RLR, receita dos 12 meses anteriores, excluídas operações de crédito, alienação de bens, transferências e doações) em serviço da dívida, todos os meses. Em 2015, foram pagos em média R$ 430 milhões mensais. "O que nos aflige é que ficamos engessados nessa proporção da receita. Queremos uma alternativa pelo menos para podermos vencer essa crise", afirmou Pezão.
A dívida do Estado com a União é de R$ 66,89 bilhões.
Dados do governo de Minas referentes ao período de janeiro a agosto de 2015 apontam dívida total do Estado de R$ 92,4 bilhões, equivalentes a 195,25% da receita líquida. Ainda está abaixo do teto da LRF, mas acima do limite de alerta, de 180%. Em nota, o governo mineiro informou que a prioridade é ajustar os contratos às novas regras da Lei Complementar 148/2014, regulamentadas em decreto de 29 de dezembro. A dívida de Minas com a União soma R$ 73,4 bilhões, ou 79,4% da dívida total, com prazo de pagamento até fevereiro de 2028.
O governo de Alagoas disse que a reunião dos governadores buscará "alinhamento entre todos os Estados acerca da renegociação da dívida". O saldo total da dívida alagoana, em agosto, somava R$ 9,6 bilhões, ou 154,2% da receita líquida. A dívida com a União é de R$ 7,7 bilhões (80% do total).
Salários
A penúria dos Estados afeta o pagamento do funcionalismo. No fim de 2015, Pezão anunciou o fatiamento em cinco vezes da segunda parcela do 13.º salário dos servidores. Há uma semana, Pimentel anunciou que salários de mais R$ 3 mil serão parcelados em até três vezes.
Com Agência Estado.