"A companhia é a principal lesada pelos desvios praticados e não deve se pronunciar sobre investigações em andamento, fora e dentro da empresa, para não prejudicar as apurações", esclareceu a estatal, que ressaltou a instauração de comissões internas de apuração a partir de denúncias ou evidências, com encaminhamento dos resultados às autoridades competentes e aos escritórios de investigação forense contratados para aprofundamento das investigações e adoção das medidas cabíveis.
A Petrobras lembrou ainda a adoção de outras medidas de integridade, como a criação da gerência executiva de Governança, Risco e Conformidade, encarregada da implantação do Programa de Prevenção da Corrupção da Petrobras Distribuidora, do gerenciamento de riscos empresariais e da cultura de compliance.
"Por fim, a diretoria executiva reafirma o compromisso da Petrobras Distribuidora com as melhores práticas comerciais, concorrenciais e de respeito às leis. E confia que os fatos em torno da Operação Lava-Jato serão devidamente esclarecidos, ao fim de todos os processos legais."
Conforme reportagem veiculada na edição desta quarta-feira, 20, do jornal O Estado de S. Paulo, o ex-diretor de Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, um dos delatores da Lava-Jato, afirmou que a ex-senadora (PT-SC) e ex-ministra Ideli Salvatti (Direitos Humanos e Relações Institucionais do governo Dilma Rousseff) participou de almoço em Brasília com o ex-deputado João Paulo Cunha (PT-SP) - condenado no mensalão - para tratar de uma dívida de R$ 90 milhões da Transportes Dalçoquio com a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.
Cerveró não apontou o ano do encontro, mas disse que "imagina que a ministra Ideli e outros políticos" receberam propina pelo negócio..