Apontado como provável candidato do PDT à Presidência da República em 2018, o ex-ministro Ciro Gomes (CE) recebeu saudação "especial" da presidente Dilma Rousseff durante reunião do diretório nacional do partido nesta sexta-feira, dia 22, em Brasília.
Após cumprimentar outros pedetistas, Dilma afirmou que considera Ciro de "forma especial". "Às vezes, ele briga comigo, mas sempre digo para imprensa: não brigo com ele, por um motivo importante. A gente não briga com uma pessoa que demonstrou ao longo do meu convívio imensa lealdade e capacidade de luta", disse.
Recebida por gritos de "não vai ter golpe", a presidente também fez um afago ao PDT, partido ao qual foi filiada antes de se integrar ao PT. Ela disse estar muito feliz em poder participar da reunião do partido, por estar ao lado de companheiros que tem defendido a soberania nacional e compromisso com a democracia brasileira.
O carinho com Ciro e o PDT ocorre em momento em que Dilma busca apoio contra o impeachment. Apesar de alguns pedetistas terem feito críticas à política econômica do governo dela antes de sua chegada, o diretório nacional do PDT referendou, por unanimidade, no evento, posição contrária do partido ao impedimento da presidente.
O diretório também referendou posicionamento do PDT em defesa do afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara. Adversário do Planalto, o peemedebista é investigado pela Operação Lava Jato e enfrenta processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Casa.
Na reunião, o diretório nacional ainda referendou questão pela candidatura própria do PDT à Presidência da República em 2018. Em discursos, o nome de Ciro foi defendido como candidato da sigla. "Brasil para frente, Ciro presidente", gritaram alguns pedetistas em coro.
Mais cedo, durante a reunião do PDT, Ciro criticou o impeachment, mas não poupou críticas ao governo.