No TCE-TO, o custo aos cofres púbicos será de R$ 6,8 milhões a serem pagos a 26 conselheiros e procuradores.
Pires argumenta que o benefício tem amparo em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), favorável aos magistrados, e que existe "simetria" entre os integrantes do Judiciário e do TCE.
O Ministério Público Estadual (MPE-TO), como o TCE, ignorou os problemas financeiros que o governo diz estar enfrentando e começou a pagar o auxílio-moradia retroativo a 111 promotores e procuradores. Em dezembro, eles já receberam R$ 2,6 milhões. Em nota, o MPE-TO chama de "dívida" o valor do benefício entre a data de aprovação - maio de 2013 - e a data em que começou a ser, efetivamente pago - janeiro de 2015. Ainda faltam outros R$ 2,6 milhões, a serem quitados em 20 parcelas. O valor mensal do benefício é o mesmo do TCE-TO: R$ 4.377,00.
O MPE-TO também alega ter como base a decisão do STF e diz que o valor segue recomendação do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Governo
Na contramão dos órgãos encarregados de fiscalizar as contas e os atos do Executivo, o governador do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), anunciou nesta quinta-feira, 21, em coletiva, que reduzirá de 19 para 14 o número de secretarias.
Miranda não detalhou se haverá alteração no número de cargos comissionados e de contratos. Segundo o secretário da Administração, Gefferson Barros, eles representam muito pouco. Para Barros, as vantagens dadas aos efetivos, ao longo dos anos, compõem a principal despesa da folha.
O governador também informou que o 13º salário dos servidores que ganham mais de R$ 3.152,00 (quatro salários mínimos) estará na conta neste sábado, 23. Segundo a Secretaria de Administração, são 8.030 pessoas e a folha chega a R$ 73 milhões. Em 23 de dezembro, 41.030 servidores receberam o 13º, incluindo 2.548 da Educação, que ganham acima de quatro mínimos. Naquela data, a folha ficou em cerca de R$ 77 milhões..