Os dois veteranos da Câmara Municipal de Belo Horizonte se despedem do Legislativo este ano.
A partir do ano que vem, Alexandre Gomes, que é médico, não vai mais seguir na política. Ele se dedicará ao consultório e à clínica, onde atua como clínico geral. Depois de 24 anos de vida pública, Gomes avalia que já deu sua contribuição. “Aquilo que tentei realizar, já realizei. A política é para quem tem disposição. Com o tempo, você vai se acomodando.
Segundo Gomes, por duas vezes ele hesitou em ser candidato, mas acabou convencido do contrário. “Já cedi duas vezes, agora, por uma decisão pessoal e familiar, o sétimo mandato não virá”, ressalta. E ele não pretende dar sequência à carreira política. “Não quero direção de partido, não quero cargo, tenho uma vida própria”, afirma o parlamentar.
Com a atuação voltada para a área da saúde, o vereador ocupou por duas vezes a vice-presidência da Câmara e já esteve em meio a diversas polêmicas. Em 2013, ele desagradou ao prefeito Márcio Lacerda (PSB) ao não votar na eleição da Mesa Diretora. Lacerda entendeu como apoio à reeleição de Léo Burguês (PSL), sendo que seu candidato era Henrique Braga (PSDB). Na época, Gomes afirmou que estava fora do espaço do plenário na hora da votação. Depois do episódio, chegou a se posicionar que queria deixar o partido, mas não podia.
Ele também critica o grande número de partidos – atualmente, são 35.
Mas Gontijo, que é presidente municipal do PPS, não vai deixar a política. Este ano, ele vai mergulhar de cabeça nas eleições, desta vez como coordenador de campanha do partido. Também vai reforçar sua atuação como fisioterapeuta e professor da rede municipal e do Serviço Social da Indústria (Sesi). Gontijo ressalta, entretanto, que, antes de concluir o mandato ainda há muito serviço pela frente. “Este ano tem alguns projetos que precisam ser votados, como o Plano Diretor”, diz.
Além de Alexandre Gomes e Ronaldo Gontijo, é possível que outros também não disputem as eleições para vereador este ano.