Diante do aumento do desemprego e da volta da inflação, os petistas consideram a crise econômica um tema crucial para a primeira reunião do ano. “A maior preocupação são as notícias da área econômica”, comentou o atual líder da bancada do PT na Câmara, Sibá Machado (AC). Ele defende que o partido comece a debater a questão da reforma da Previdência e que organize uma agenda de conversas com as centrais sindicais antes de se posicionar oficialmente sobre a fixação de uma idade mínima para aposentadoria, como sugeriu a presidente Dilma.
Em café com jornalistas no início do mês, Dilma disse que a reforma da Previdência faz parte do conjunto de ações do governo para 2016 para garantir a estabilidade econômica e a retomada do crescimento. “Previdência será um assunto mais complexo no Congresso do que o ajuste fiscal”, prevê o parlamentar petista.
O comando do partido pretende definir uma linha de atuação para as eleições municipais. Preocupados com os desdobramentos da Operação Lava-Jato e o reflexo das investigações sobre a imagem da sigla, os petistas temem que a janela partidária – criada a partir da promulgação da emenda constitucional nas próximas semanas que permitirá a migração partidária de detentores de cargos eletivos sem risco de perda de mandato – tire do PT quadros considerados competitivos. “Isso pode mudar muitas configurações (regionais)”, declarou Sibá.
Outro ponto que é objeto de preocupação no partido é o fim das doações empresariais para campanhas eleitorais. A questão em discussão será como fazer campanhas mais baratas.