As condenações são decorrentes do esquema conhecido como mensalão mineiro, ocorrido durante a campanha de 1998 para disputa da reeleição do tucano ao governo de Minas Gerais. Azeredo foi condenado por desviar R$ 3,5 milhões. De acordo com a sentença de dezembro do ano passado, o tucano recebeu condenação por seis crimes de lavagem de dinheiro. Nesse caso, a pena somada é de sete anos e seis meses de reclusão.
A campanha do tucano teria utilizado contratos de publicidade de fachada para os eventos esportivos Enduro da Independência, Mundial de Supercross e Iron Biker patrocinados pelas estatais mineiras Comig, Copasa e Bemge por meio da SMP&B Comunicação, usada por Marcos Valério para abastecer também o esquema petista. Esse dinheiro, segundo a juíza Melissa Lage, abasteceu o caixa 2 da campanha do tucano. "Criou-se uma organização criminosa complexa com divisão de tarefas aprofundada, de forma metódica e duradoura", assinala a juíza na sentença.
Na época da condenação, Eduardo Azeredo disse que é “absolutamente inocente” e anunciou que recorreria da sentença. “Foi muita surpresa. Respeito a decisão, mas não esperava que a juíza considerasse a validade de papéis falsos. Não há nenhuma prova contra mim. Não existem depoimentos ou evidências que me atingem. A coisa é absurda demais. Mas vamos recorrer e tenho certeza de que o Tribunal de Justiça vai considerar a nossa defesa”, afirmou o tucano.
Nesta quarta-feira a reportagem entrou em contato com a defesa de Azeredo, mas as ligações não foram atendidas. .